domingo, 29 de maio de 2011

Dedé Santana é internado no Rio após hemorragia no estômago, diz hospital

Humorista de 75 anos está internado no CTI do Hospital Barra D'Or,
Médicos ainda não deram previsão de alta para o comediante.

O humorista Dedé Santana, de 75 anos, está internado no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. De acordo com as informações divulgadas pelo hospital, o comediante permanece neste domingo (29) no Centro de Tratamento Intensiva (CTI), mas o estado de saúde dele é considerado estável pelos médicos.

Ainda de acordo com o hospital, Dedé Santana deu entrada na unidade na sexta-feira (27), após passar mal e sofrer um princípio de desmaio. Os exames constataram que o humorista estava com hemorragia estomacal. Segundo os médicos, o problema teria sido causado por uma doença diverticular.

No sábado (28), Dedé foi submetido a uma colonoscopia, procedimento usado para ver como está o funcionamento do cólon e do reto. A assessoria de imprensa do Barra D'Or informou que apesar de o sangramento ter sido interrompido, Dedé adquiriu uma anemia devido à intensa perda de sangue.

Por precaução, os médicos optaram pela internação do humorista no CTI. No entanto, ele respira espontaneamente, sem ajuda de aparelhos. O hospital informou ainda que Dedé Santana recebeu neste domingo a visita de parentes e amigos. Ainda não há previsão de alta para o humorista.

'A gente vira criança', diz, aos 100 anos, idosa que voltou à escola

Isolina Mendes Campos fez aniversário no último dia 25, com festa.
Ela frequenta aulas em uma turma de educação para adultos.

Às 5h da manhã deste domingo (29) a mineira Isolina Mendes Campos levantou, em Londrina, no Norte do Paraná. Acorda bem cedo todos os dias, mas hoje estava rouca, resfriada. A semana passada foi agitada para ela, muitas homenagens. Não é todo dia 25 de maio que se tem uma festa de aniversário de cem anos para mais de 300 pessoas. Quando o G1 perguntou se podia entrevistá-la, respondeu: “O senhor veio na minha festa?”. Mas o assunto era outro: a volta dela para a escola.

“Quando a gente nasce, a idade começa a contar para frente. Mas tem uma hora que começa a contar para trás e a gente vira criança de novo”. Fala da recente volta para a escola. Há cerca de dois meses Isolina frequenta aulas noturnas de uma turma de educação para adultos. Os colegas têm mais de 45 anos.

Ela diz que fez muito amigos e colegas e que, quando falta, eles mandam chamar. Sobre a professora, diz “gosto demais. No dia da festa ela apareceu. Estava tão alegre que só vendo”.

Se o assunto é o gosto tem pelas matérias, “não conheço letra nenhuma, não conheço nada”. E termina: “O senhor não repare eu não poder conversar direito, por causa da voz rouca”.

Família

Isolina mora com o filho e a nora em uma casa do Conjunto Mariano. Tem costume de limpeza e, sem suportar louça na pia, ainda é pega fazendo tarefas domésticas. "Se deixar, ela lava roupa", entrega a família.

Três vezes por semana ela se arruma para ir à igreja.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Elmano Férrer prorroga mandatos de diretores de escolas

O secretário municipal de educação, Ribamar Tôrres, disse que o prefeito Elmano Férrer prorrogou os mandatos das atuais diretores para que possam responder interinamente até que a Câmara Municipal aprove as regras para as novas eleições.

Reajuste dos servidores

Na manhã desta quinta-feira, 26, a Câmara de Vereadores de Teresina, quase por unanimidade, aprovou o reajuste de 7% proposto pela Prefeitura Municipal de Teresina.

Com isso, a Secretaria Municipal de Administração já se prepara para imprimir os aproximados 17 mil contracheques reajustados. O aumento é retroativo ao dia 1º de maio.

Ribamar Torres disse que “o reajuste faz parte de uma política de recomposição de perdas defendida pela gestão do atual prefeito, que pretende reduzir o achatamento salarial que houve nos treze anos anteriores a 2010. Somados os aumentos concedidos em 2010 e o atual, ambos maiores que a inflação, a atual gestão favoreceu a recomposição de 14% nos valores salariais”.

Segundo o secretário, o prefeito Elmano Férrer está aguardando a publicação, pelo STJ, do acórdão referente ao reajuste do piso nacional do professor, para realizar o pagamento do piso nacional dos docentes e a diferença de valores desde janeiro deste ano.

Em relação às negociações com o SINDSERM, Ribamar Tôrres afirmou que “ficou acordado que haverá outras reuniões para o encaminhamento de outras pautas propostas pelo sindicato".

Indignação e revolta: Servidores atiram sapatos e ovos durante sessão na Câmara

Os servidores municipais queriam reajuste de 47%. Porém, a Câmara
aprovou a sugestão da Prefeitura e decidiu pelo aumento de apenas 7%.
Após a Câmara dos Vereadores de Teresina aprovar o reajuste de 7% para os servidores municipais, a categoria se revoltou e atirou ovos, tomates e sapatos contra os parlamentares. O protesto aconteceu no final da manhã desta quinta-feira (26), durante sessão no Plenário.
Os servidores reivindicavam um reajuste de 47%, entretanto a Câmara aprovou a sugestão da prefeitura e decidiu pelo aumento de apenas 7%. Os únicos vereadores que votaram contra a proposta foram os petistas Décio Solano, Rosário Bezerra e Luís Lobão, que alegaram que a prefeitura tem condições financeiras de aumentar o reajuste.
Na ação, o documento da ata da votação ficou prejudicado, pois foi atingido pelos ovos. Apesar de terem sido atirados sapatos, ninguém saiu ferido do local.
As agressões também foram verbais. Os vereadores foram chamados de “traidores” pelos servidores presentes. A votação havia entrado em pauta com caráter de urgência, para que a categoria pudesse receber o reajuste aprovado ainda nos vencimentos de maio.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

AGORA VALE TUDO!

Meio Norte – Como o senhor responde às acusações de que estaria desmontando a educação em Teresina?
José Ribamar Torres – Acho o espaço nos meios de comunicação sagrado porque forma opinião e não pode ser usado para divulgação de informações falsas. Não posso usar este espaço para fazer defesa porque acho que os veículos de comunicação devem ser usados para formar a opinião pública de forma verdadeira. Vou usar para informar a sociedade, os professores, pedagogos, administradores, que são aqueles a quem devemos satisfação. A Constituição brasileira diz que a pessoa tem a liberdade de se expressar, mas não diz que tem que dizer a verdade. A verdade faz parte da personalidade e se forma na família. É uma construção de valores. Eu acho que os que escreveram que a educação está sendo desmontada deram um tiro no pé porque tudo o que está escrito no artigo vai contra a administração passada. Nós completamos apenas um ano. Vamos falar do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do MEC (Ministério da Educação e Cultura), que avalia o rendimento das escolas. Teresina foi bem avaliada, mas não significa que todas as escolas atingiram a meta, mais de 20 escolas não atingiram a meta do MEC, o que nós temos do IDEB é a média do que as escolas renderam. A média encobre as muitas escolas que obtiveram notas baixas por falta da qualidade de ensino.
MN – Como o senhor analisa os resultados do IDEB das escolas de Teresina?
JRT – Eu também faço parte do resultado do IDEB das escolas de Teresina, eu também faço parte da avaliação das escolas. Eu elaborei o Plano Decenal de Educação de Teresina, eu elaborei o Plano de Capacitação de Gestores, dei aula em todas as turmas de capacitação de gestores e dei aulas em todas as turmas de graduação para a formação de professores em convênio com a Universidade Federal do Piauí. A minha participação nesse IDEB foi direta, quero apenas dizer que o IDEB não é construção de gestores, gestores dão apoio, o IDEB é construção de quem está dentro da escola, como os professores que mesmo em situações precárias constroem os resultados. Essa avaliação é do Ensino Fundamental.
MN – Como é que ficou o resultado da avaliação do Ensino Infantil?
JRT – O MEC, Banco Mundial e a Fundação Carlos Chagas também realizaram uma avaliação do Ensino Infantil e Teresina tirou um pouco além da nota 2, ficou entre as três piores do país. Essa pesquisa foi encomendada pelo MEC. Segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em Teresina as crianças de zero a cinco anos de idade são 56 mil e as que têm de dois a três anos representam a metade deste total. Na administração anterior, apenas 12% das crianças de dois a três anos estavam em salas de aulas. Sobre a nota baixa, eu fui receber em São Paulo em maio do ano passado, mas não divulgamos esse resultado porque o nosso compromisso é com a educação. O prefeito Elmano Férrer, ao saber desses dados, especificou que a educação era prioridade absoluta. Todos os projetos que a Semec tinha, nenhum foi encerrado, todos nós renovamos, estamos aperfeiçoando, demos continuidade. O que é bom não pertence a uma pessoa, pertence ao coletivo e quem faz este resultado é quem está dentro da escola. É bom que gestores, professores, funcionários fossem ouvidos porque todos os dados são ao contrário e sabem que não foram excluídos. Os principais gestores que saíram sãocomissionados normais. Toda administração tem sua equipe. Nós promovemos concursos e todos os professores foram chamados. Convocamos os 720 professores aprovados no concurso e estamos chamando os classificados. Valorizamos os concursos. Dos aprovados em concurso em 2009, convocamos 190 no ano passado e 161 neste ano. Fizemos concurso para 368 professores e convocamos os aprovados e classificados.
MN – Como o senhor analisa a acusação de que houve perseguição?
JRT – Não houve perseguição. A maioria dos cargos hoje são aqueles que já vinham. Inclusive nas escolas. Todos que saíram foram determinação do Ministério Público, que mandou encerrar em dezembro. Então a gente precisa dar essa informação. Em 18 anos de administração, os gestores anteriores deram zero de reajuste salarial em 1999 e 2001.
MN – O senhor foi acusado de não se apresentar ao trabalho na Semec. Como o senhor vê isso?
JRT – Atendo no meu expediente normal na Semec, atendo escolas e a comunidade. Terça-feira e sexta-feira visito as escolas para acompanhar obras e conversar com professores, quarta-feira é o dia de atender a comunidade, as associações e na quinta atendo os gerentes e no sábado eu vou às reuniões nas escolas. As coisas do meu interesse só interessam a mim. Quem pode dizer sobre atendimento é quem está lá. Todos os dias eu atendo dezenas de pessoas. Isso é uma forma de atingir um trabalho para tirar o melhor resultado. Não existe nenhum indício que o rendimento das escolas vai ser menor. Ao contrário, tudo indica que vai ser maior. Inclusive a avaliação de qualidade feita em novembro do ano passado já revelou resultado melhor do que era antes e o IDEB com certeza vai ser melhor. Em relação aos diretores, nenhum foi nomeado pelo prefeito, foram prorrogados os mandatos, a eleição teve de se ajustar a determinação do Superior Tribunal Federal, que especificou normas e que o tipo de eleição de antes não pode mais ser realizado e a Câmara Municipal já fez esta parte. Tem que acrescentar currículo e plano de trabalho. Nós temos escolas, que nunca tiveram eleição, agora toda escola mesmo que tenha uma sala de aula, vai ter eleição. São correções normais do processo. Todos os diretores vão ser escolhidos. Na administração anterior, 50% das 302 escolas públicas municipais não tiveram seus diretores escolhidos pelos professores, servidores, alunos e pela comunidade. Eram gestores terceirizados, eram professores sem concurso público. 50% dos diretores da administração anterior não foram escolhidos em eleições diretas nas escolas. Nós estamos realizando concurso para admitir professores e s e r v i d o r e s dentro da lei, aprovados em concurso, vamos realizar eleições para todos os diretores e o professor vai ganhar o piso nacional.

Fim do casamento: Sílvio Mendes anuncia o fim de aliança entre PTB e PSDB no Piauí

O ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB), afirmou, em entrevista exclusiva à TV Cidade Verde, que a aliança entre os tucanos e o PTB é algo que ficou no passado. Na oportunidade, o médico comentou a situação da saúde na capital, no dia em que se comemorara três anos do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
“A relação entre os partidos está no passado. Foram 11 anos de bom relacionamento em que tivemos apoio na vice-prefeitura. Fizemos muitas coisas juntos. Evoluímos a saúde, a educação, mas passou. O PSDB tem uma história e anda de cabeça erguida. Temos o respeito da população”, analisou Sílvio Mendes.
O ex-gestor avaliou as dificuldades de manter-se a oposição no atual contexto político do Estado e da capital. Sílvio Mendes ainda denunciou que o PSDB está sendo perseguido e sofre de uma tentativa de isolamento, já que assumiu a contraposição a um dos governos com o maior apoio da história política do Piauí.
“Pouca vezes vimos uma gestão tão forte. Para fazer oposição é preciso ter muita coragem. Muita gente não tem coragem de ser oposição e se rende ao poder. Estão tentando isolar o PSDB. Na prefeitura, por exemplo, estão perseguindo e tirando gratificações de servidores que nos apóiam”, informou o ex-prefeito de Teresina.
Sobre HUT
“Ele sozinho não vai obrar milagres. É preciso que os governantes façam seu dever de casa, principalmente o Piauí e o Maranhão. O maior número de atendimentos do hospital são para pacientes do Maranhão e de cidades vizinhas a Teresina”, criticou Sílvio Mendes.

Lavando a roupa suja: Elmano Férrer e Ribamar Torres rebatem as acusações de W. Bonfim, revelando as mazelas que eles praticaram juntos

O prefeito Elmano Férrer (PTB) e o secretário municipal de Educação, José Ribamar Torres, asseguraram ontem que não existe desmonte na educação gerida pela Prefeitura de Teresina. Elmano lembra que foram climatizadas 82 das 302 escolas da rede pública municipal de Teresina e, para isso, foi preciso instalar forro nas unidades escolares para a implantação dos aparelhos de ar-condicionado, que dá qualidade de vida, conforto e maior concentração aos alunos e professores em uma cidade de altas temperaturas com Teresina. Elmano falou que foram feitas reformas em 40 escolas. “Eu nunca tinha ouvido falar que a educação de Teresina está sendo desmontada. Pelo contrário, a educação de Teresina é uma referência. Para comandar a educação de Teresina, eu chamei um doutor, também da universidade, um grande especialista em educação”, declarou Elmano.
Ele afirmou que quando assumiu a Prefeitura de Teresina foi obrigado a afastar 1.700 servidores terceirizados porque foram contratados sem concurso e o Ministério Público do Trabalho (MPT) fez Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB) para afastá-los. Ele lembra que apenas para os 1.700 servidores terceirizados, a Prefeitura de Teresina teve que pagar R$ 5,2 milhões e foi descoberto que ainda existem mais servidores terceirizados contratados por duas fundações, o que vai aumentar mais ainda o valor das indenizações. “Será por isso que estão falando em desmonte da educação? Não pode ser porque foi o Ministério Público do Trabalho que determinou porque considerou que as contratações foram feitas de foram irregular”, declarou Elmano.
O secretário José Ribamar Torres afirmou que a atual administração encontrou professores leigos e estagiários terceirizados ministrando aulas nas escolas públicas municipais. Ele afirmou que os professores leigos, estagiários e terceirizados encontrados quando assumiu a Secretaria Municipal de Educação representavam 40% do pessoal efetivo da instituição. Ele lembra que as escolas estavam funcionando com estagiários, que não podem ser professores, mas auxiliares dos professores porque ainda não têm a formação completa. “Estagiários e terceirizados estavam atuando nas atividades fins da educação, o que não é regular”, disse.
“Concursados não eram chamados”, diz José Ribamar
O secretário municipal de Educação, José Ribamar Torres, afirmou que a atual gestão manteve os programas de qualidade e os ampliou como os convênios de qualificação de professores assinados com as universidades de Nova York (EUA), Lisboa (Portugal) e Japão. Ele lembra que a Secretaria Municipal de Educação chamou professores concursados em 2009. Foram convocados 190 no ano passado e 161 neste ano. “Os professores concursados não eram chamados”, diz.
Torres afirmou que quando assumiu encontrou escolas públicas municipais sem refeitórios, sem bibliotecas e salas de repouso para professores nos colégios que têm o contraturno. “Encontramos escolas sem cadeiras”, falou o professor José Ribamar Torres. Acrescentou que 20 escolas da rede municipal de Teresina estavam com notas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) abaixo da média recomendada pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura).
O secretário José Ribamar Torres afirmou que não basta as escolas da rede municipal de Teresina obterem uma nota média boa porque é importante e necessário que todas as escolas tenham notas boas. “Administrar pela média é fácil porque se concentra melhorias em algumas escolas para que tenham notas boas, garantam uma média boa e outras escolas continuam com notas baixas. 100% das escolas têm que ser boas e não apenas uma parte. Nós queremos que o ensino de qualidade seja desenvolvido em 100% das escolas públicas municipais de Teresina”, falou José Ribamar Torres. (E.R.)

terça-feira, 24 de maio de 2011

PTB/PSDB começam a mostrar a sujeira que eles esconderam debaixo do tapete: Ribamar Torres reage e responde as críticas de Washington Bonfim

Ex-secretário de Educação disse que o atual gestor deixa as obrigações
para tratar assuntos pessoais.
O atual secretário municipal de Educação, Ribamar Torres, reagiu às críticas feitas por Washington Bonfim em um artigo publicado em jornal de Teresina. Para o gestor, as conquistas atribuídas ao sistema público da capital não tem um único pai.
“Não vou usar esse espaço para fazer defesa. Quero prestar esclarecimentos a população, que é a quem devo prestar contas. O resultado do IDEB é uma média. Algumas escolas tem resultados destoantes”, informou titular da pasta de educação no município.
Secretário da mesma repartição nas gestões de Sílvio Mendes, Washington Bonfim escreveu um artigo onde dizia que, em sua época, a Semec era premiada e reconhecida. O tucano ainda criticou e disse que o atual gestor esquece as obrigações para se dedicar a assuntos pessoais.
“Ele não pode prever o resultado do IDEB. Estamos a apenas um ano a frente da Secretaria. Todos os índices indicam que teremos um crescimento esse ano. Todos os projetos de sucesso da Semec estão sendo continuados e estamos propondo outros”, disse Ribamar Torres.
O gestor informou ainda que prestou consultoria por quase 10 anos, durante as gestões do PSDB. Ele assumiu ainda que elaborou o plano de capacitação de professores, diretores e pedagogos e que deu aula em pós graduação para esse público.
“Também participei dessas conquistas anteriores. Esse ano, trabalhamos a educação infantil como prioridade. Esse setor em Teresina está entre as 3 piores do país. Mesmo assim, acredito que quem faz o resultado são aqueles que estão nas escolas”, defendeu.
Na oportunidade, o secretário afirmou que a prefeitura possui um plano de recomposição salarial para os professores, além de ter retomado o pagamento de todas as progressos de carreira que estavam atrasadas.
“Há uma indicação positiva para recompor as perdas de 13 anos. Os salários estão achatados. Progressões estavam paradas desde 2005. Também vamos realizar seleção para professor substituto”, disse Ribamar Torres.

Artigo de Washington Bonfim: 'A educação em Teresina'

Com certeza você acompanhou as reportagens do JNnoar da semana que acaba. Foram visitadas 5 cidades, em cada uma das regiões, entre elas, Fortaleza, Goiânia e Belém. O foco destas visitas era, mostrar o melhor e o pior das redes públicas de cada Estado/região visitada, a partir do IDEB das escolas do município em que chegava a reportagem.
Minha pergunta é: até quando o silêncio da imprensa sobre o que está acontecendo na educação municipal de Teresina? Depois de mais uma década de enorme esforço para organizar uma rede orientada para gerar o sucesso escolar dos alunos, tudo está sendo desfeito aos olhos de todos, sem qualquer reação, indignação ou movimentação que, pelo menos, levante o debate sobre o que se quer realmente para o futuro da cidade.
Neste exato momento, por inação, as escolas municipais não possuem direção escolar constituída legalmente, portanto, seus Conselhos Escolares, que gerem os recursos da escola, estão acéfalos e, mesmo que haja dinheiro, não pode ser investido na escola, no que lhe cabe: material didático, material de apoio ao professor, merenda, limpeza e pequenos serviços. O pleito deveria ter sido realizado em novembro de 2010. Estamos no final de 2011, a Câmara já convocou o secretário, ele deu “explicações” e, mesmo assim, nada acontece.
Nenhuma das capitais visitadas tem IDEB melhor que o de Teresina, que cresceu progressivamente, de 2005 a 2009. Nenhuma escola da nossa capital tem IDEB menor que três e, na primeira fase, tivemos nota 5,2 na média, com várias escolas acima de 6,0 que é o objetivo do MEC para o país em 2002. Com esforço, motivação e, principalmente, liderança e compromisso com educação, se poderia chegar à média 6,0 em Teresina agora em 2011, uma década antes do país.
Mas, se as escolas não têm diretores constituídos; o secretário não se apresenta ao trabalho, proferindo priorizar seus negócios particulares; se equipe de professores gestores constituída ao longo da última década foi dispensada e submetida a humilhações, por acreditar no trabalho que realizava; e finalmente, se a visão é de que o trabalho feito e reconhecido pelo MEC e os outros organismos estava inteiramente errado, será possível esperar melhora nos índices?
A conta, meu caro, não é paga por Washington Bonfim, Kleber Montezuma, Firmino Filho, Silvio Mendes ou quem mais se ache que se está atingindo com o descaso. Mas, está e será, novamente paga por crianças e famílias pobres de nosso, que aprenderam dos muitos erros, havia da parte da Prefeitura Municipal de Teresina, um compromisso concreto, diário e genuíno com a educação de nossas crianças.
O prefeito Elmano Férrer está jogando fora a maior oportunidade que um político já teve no Piauí, de entrar pela porta da frente da história, elevando o nome da capital mais pobre do país, com uma educação básica avaliada como digna das melhores do país e do mundo ocidental. Preferiu o caminho de olhar o lado e ver no horizonte, concreto, avenidas e carro, invés de gente, gente humilde, que se canta todos os dias no hino desta cidade.
Ainda há tempo de consertar? Sinceramente, não sei! Mas, se não se começar de imediato, teremos de nos defrontar mais uma vez, com o vexame de estar entre os últimos, depois de jogar fora o trabalho de estar entre os primeiros.
* Washington Bonfim é professor da UFPI, foi secretário municipal de Educação de Teresina e presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), no Piauí.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Apesar de essenciais, professores brasileiros são desprestigiados

(...) Da pré-escola ao ensino superior, são hoje 2,3 milhões no país. É uma profissão essencial. E, mesmo assim, uma das mais desprestigiadas.

Na sala de aula, muitos querem fazer administração e quase metade, direito. Quem quer ser professor? Apenas um, dois.

“Eu não vejo futuro, eu acho que é uma carreira que não me satisfaria financeiramente também”, contou a aluna Luana Gallo, de 17 anos.

“Ser professor hoje no Brasil, infelizmente, não compensa”, disse Gustavo Lovatto, de 17 anos.

O desinteresse pela profissão é mais do que um sintoma de crise. É uma ameaça ao futuro. “É uma pena porque o professor é tudo em um país”, destacou um deles.

“Só existem as outras profissões porque existe o professor”, lembrou uma professora.

Nas faculdades de pedagogia e nas que formam professores da educação básica, os números confirmam o desprestígio.

Em quatro anos, caiu pela metade a quantidade de formandos. Houve redução também nos cursos de licenciatura, que formam professores de disciplinas específicas.

Quem é esse aluno que no futuro deseja trocar de posição na sala de aula? Uma pesquisa mostra que quase metade dos estudantes de pedagogia veio de famílias de baixa renda e a mãe só fez até a quarta série. E 80% estudaram em escolas públicas.

“Enquanto você não conseguir trazer o jovem motivado e bem qualificado para a carreira de professor, você não consegue fazer um salto na educação”, afirmou a diretora do Instituto Paulo Montenegro, Ana Lucia Lima.

Para que os alunos de fato aprendam, é fundamental que, além de dominar o conteúdo, o professor saiba como ensinar. Parece óbvio, mas em muitos casos, falta esse preparo. Em um mundo onde os alunos têm cada vez mais acesso à informação, é preciso inovar para tornar as aulas mais atraentes

Muitas vezes, ideias simples bastam para chamar a atenção. Investir em qualificação de quem já está no mercado tem sido uma preocupação em vários estados, uma oportunidade que nem todos conseguem aproveitar.

“Eu sei que o estado oferece, mas eu não tenho tempo. Eu ensino em duas escolas particulares e em uma escola da rede municipal e mais essa escola que é da rede estadual. De manhã, de tarde e à noite”, disse a professora de ciências e biologia Daniella Barbosa.

É a rotina de muitos professores para driblar os baixos salários. No Brasil, a lei fixa um salário inicial de R$ 1.187 para 40 horas de trabalho por semana. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a remuneração é bem menor. Na prática, em todo o país, muitos professores recebem menos do que o piso.

O Ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que há R$ 10 bilhões por ano para reestruturar a carreira dos professores. “O professor ganha no Brasil, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior. Uma das metas do Plano Nacional de Educação é superar essa distância”.

Plano que o Brasil traçou para alcançar em 2020. Formado na Universidade de São Paulo, uma das mais prestigiadas do país, o professor de filosofia Eduardo Amaral ganha R$ 1.100 por mês. Tem 650 alunos em 23 turmas.

“Você não tem tempo de corrigir adequadamente os trabalhos, de dar um retorno para os alunos. Você acaba comprometendo todo o processo pedagógico”, contou.

A lei diz que um terço da jornada deve ser reservada para preparação das aulas e correção das provas, determinação que vem sendo contestada na Justiça só é realidade em seis estados, segundo um levantamento divulgado pela categoria.

Como temporária, Cristina recebe apenas pelo trabalho dentro da sala de aula. “Não tem horário para fazer planejamento não. Cada um faz no horário que der, final de semana, à noite, quando dá”, disse.

A falta de horizonte na carreira e as condições de trabalho são outros entraves. Em Alagoas, por falta do diário de classe, a frequencia dos alunos é anotada no caderno, tarefa que terá de ser refeita. No Piauí, onde a temperatura passa de 40°C, é difícil manter a concentração dos alunos com ventiladores quebrados.

São muitos os professores que tiram do próprio bolso para garantir o ensino. “Compro meus lápis, tudo de reserva. Você fala: ‘Não tenho’. ‘Então, está aqui’. ‘Não tenho no meu caderno’, ‘Então está aqui uma folha de papel, vamos escrever!’ Quando eu vejo uma criança lendo as primeiras palavras, eu derreto toda eu fico muito feliz!”, contou a professora do 1º ano Joana Teixeira.

A relação com o professor, que nos primeiros anos de escola é mais afetiva, muda com o passar do tempo. “Eu tenho alunos que falam: ‘Eu só venho porque minha mãe me obriga, eu não quero vir’. Um aluno que chega assim fica muito mais difícil de aprender”, destacou a professora Adriana Martins.

“Tem muito professor desestimulado que reflete em desestímulo ao aluno e tem o aluno que não tem a perspectiva de aprender dentro da escola e isso desestimula o professor”, afirmou um deles.

A fórmula para quebrar esse círculo vicioso combina investimento e cobrança de resultados. “Tem que deixar muito claro o que ele tem que fazer, qual é a meta que ele tem que atingir. Tem que ter um cenário mais claro para o professor”, disse a diretora do Todos pela Educação, Priscila Cruz.

Quem sabe assim, no futuro, mais brasileiros levem adiante o desejo de criança de ser professor.

Apesar de essenciais, professores brasileiros são desprestigiados

(...) Da pré-escola ao ensino superior, são hoje 2,3 milhões no país. É uma profissão essencial. E, mesmo assim, uma das mais desprestigiadas.

Na sala de aula, muitos querem fazer administração e quase metade, direito. Quem quer ser professor? Apenas um, dois.

“Eu não vejo futuro, eu acho que é uma carreira que não me satisfaria financeiramente também”, contou a aluna Luana Gallo, de 17 anos.

“Ser professor hoje no Brasil, infelizmente, não compensa”, disse Gustavo Lovatto, de 17 anos.

O desinteresse pela profissão é mais do que um sintoma de crise. É uma ameaça ao futuro. “É uma pena porque o professor é tudo em um país”, destacou um deles.

“Só existem as outras profissões porque existe o professor”, lembrou uma professora.

Nas faculdades de pedagogia e nas que formam professores da educação básica, os números confirmam o desprestígio.

Em quatro anos, caiu pela metade a quantidade de formandos. Houve redução também nos cursos de licenciatura, que formam professores de disciplinas específicas.

Quem é esse aluno que no futuro deseja trocar de posição na sala de aula? Uma pesquisa mostra que quase metade dos estudantes de pedagogia veio de famílias de baixa renda e a mãe só fez até a quarta série. E 80% estudaram em escolas públicas.

“Enquanto você não conseguir trazer o jovem motivado e bem qualificado para a carreira de professor, você não consegue fazer um salto na educação”, afirmou a diretora do Instituto Paulo Montenegro, Ana Lucia Lima.

Para que os alunos de fato aprendam, é fundamental que, além de dominar o conteúdo, o professor saiba como ensinar. Parece óbvio, mas em muitos casos, falta esse preparo. Em um mundo onde os alunos têm cada vez mais acesso à informação, é preciso inovar para tornar as aulas mais atraentes

Muitas vezes, ideias simples bastam para chamar a atenção. Investir em qualificação de quem já está no mercado tem sido uma preocupação em vários estados, uma oportunidade que nem todos conseguem aproveitar.

“Eu sei que o estado oferece, mas eu não tenho tempo. Eu ensino em duas escolas particulares e em uma escola da rede municipal e mais essa escola que é da rede estadual. De manhã, de tarde e à noite”, disse a professora de ciências e biologia Daniella Barbosa.

É a rotina de muitos professores para driblar os baixos salários. No Brasil, a lei fixa um salário inicial de R$ 1.187 para 40 horas de trabalho por semana. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a remuneração é bem menor. Na prática, em todo o país, muitos professores recebem menos do que o piso.

O Ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que há R$ 10 bilhões por ano para reestruturar a carreira dos professores. “O professor ganha no Brasil, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior. Uma das metas do Plano Nacional de Educação é superar essa distância”.

Plano que o Brasil traçou para alcançar em 2020. Formado na Universidade de São Paulo, uma das mais prestigiadas do país, o professor de filosofia Eduardo Amaral ganha R$ 1.100 por mês. Tem 650 alunos em 23 turmas.

“Você não tem tempo de corrigir adequadamente os trabalhos, de dar um retorno para os alunos. Você acaba comprometendo todo o processo pedagógico”, contou.

A lei diz que um terço da jornada deve ser reservada para preparação das aulas e correção das provas, determinação que vem sendo contestada na Justiça só é realidade em seis estados, segundo um levantamento divulgado pela categoria.

Como temporária, Cristina recebe apenas pelo trabalho dentro da sala de aula. “Não tem horário para fazer planejamento não. Cada um faz no horário que der, final de semana, à noite, quando dá”, disse.

A falta de horizonte na carreira e as condições de trabalho são outros entraves. Em Alagoas, por falta do diário de classe, a frequencia dos alunos é anotada no caderno, tarefa que terá de ser refeita. No Piauí, onde a temperatura passa de 40°C, é difícil manter a concentração dos alunos com ventiladores quebrados.

São muitos os professores que tiram do próprio bolso para garantir o ensino. “Compro meus lápis, tudo de reserva. Você fala: ‘Não tenho’. ‘Então, está aqui’. ‘Não tenho no meu caderno’, ‘Então está aqui uma folha de papel, vamos escrever!’ Quando eu vejo uma criança lendo as primeiras palavras, eu derreto toda eu fico muito feliz!”, contou a professora do 1º ano Joana Teixeira.

A relação com o professor, que nos primeiros anos de escola é mais afetiva, muda com o passar do tempo. “Eu tenho alunos que falam: ‘Eu só venho porque minha mãe me obriga, eu não quero vir’. Um aluno que chega assim fica muito mais difícil de aprender”, destacou a professora Adriana Martins.

“Tem muito professor desestimulado que reflete em desestímulo ao aluno e tem o aluno que não tem a perspectiva de aprender dentro da escola e isso desestimula o professor”, afirmou um deles.

A fórmula para quebrar esse círculo vicioso combina investimento e cobrança de resultados. “Tem que deixar muito claro o que ele tem que fazer, qual é a meta que ele tem que atingir. Tem que ter um cenário mais claro para o professor”, disse a diretora do Todos pela Educação, Priscila Cruz.

Quem sabe assim, no futuro, mais brasileiros levem adiante o desejo de criança de ser professor.

Seja bem vindo(a)!