"A Escola é: o lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima..." (Paulo Freire)
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Lavando a roupa suja: Elmano Férrer e Ribamar Torres rebatem as acusações de W. Bonfim, revelando as mazelas que eles praticaram juntos
terça-feira, 24 de maio de 2011
PTB/PSDB começam a mostrar a sujeira que eles esconderam debaixo do tapete: Ribamar Torres reage e responde as críticas de Washington Bonfim



Artigo de Washington Bonfim: 'A educação em Teresina'
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Apesar de essenciais, professores brasileiros são desprestigiados
(...) Da pré-escola ao ensino superior, são hoje 2,3 milhões no país. É uma profissão essencial. E, mesmo assim, uma das mais desprestigiadas.
Na sala de aula, muitos querem fazer administração e quase metade, direito. Quem quer ser professor? Apenas um, dois.
“Eu não vejo futuro, eu acho que é uma carreira que não me satisfaria financeiramente também”, contou a aluna Luana Gallo, de 17 anos.
“Ser professor hoje no Brasil, infelizmente, não compensa”, disse Gustavo Lovatto, de 17 anos.
O desinteresse pela profissão é mais do que um sintoma de crise. É uma ameaça ao futuro. “É uma pena porque o professor é tudo em um país”, destacou um deles.
“Só existem as outras profissões porque existe o professor”, lembrou uma professora.
Nas faculdades de pedagogia e nas que formam professores da educação básica, os números confirmam o desprestígio.
Em quatro anos, caiu pela metade a quantidade de formandos. Houve redução também nos cursos de licenciatura, que formam professores de disciplinas específicas.
Quem é esse aluno que no futuro deseja trocar de posição na sala de aula? Uma pesquisa mostra que quase metade dos estudantes de pedagogia veio de famílias de baixa renda e a mãe só fez até a quarta série. E 80% estudaram em escolas públicas.
“Enquanto você não conseguir trazer o jovem motivado e bem qualificado para a carreira de professor, você não consegue fazer um salto na educação”, afirmou a diretora do Instituto Paulo Montenegro, Ana Lucia Lima.
Para que os alunos de fato aprendam, é fundamental que, além de dominar o conteúdo, o professor saiba como ensinar. Parece óbvio, mas em muitos casos, falta esse preparo. Em um mundo onde os alunos têm cada vez mais acesso à informação, é preciso inovar para tornar as aulas mais atraentes
Muitas vezes, ideias simples bastam para chamar a atenção. Investir em qualificação de quem já está no mercado tem sido uma preocupação em vários estados, uma oportunidade que nem todos conseguem aproveitar.
“Eu sei que o estado oferece, mas eu não tenho tempo. Eu ensino em duas escolas particulares e em uma escola da rede municipal e mais essa escola que é da rede estadual. De manhã, de tarde e à noite”, disse a professora de ciências e biologia Daniella Barbosa.
É a rotina de muitos professores para driblar os baixos salários. No Brasil, a lei fixa um salário inicial de R$ 1.187 para 40 horas de trabalho por semana. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a remuneração é bem menor. Na prática, em todo o país, muitos professores recebem menos do que o piso.
O Ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que há R$ 10 bilhões por ano para reestruturar a carreira dos professores. “O professor ganha no Brasil, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior. Uma das metas do Plano Nacional de Educação é superar essa distância”.
Plano que o Brasil traçou para alcançar em 2020. Formado na Universidade de São Paulo, uma das mais prestigiadas do país, o professor de filosofia Eduardo Amaral ganha R$ 1.100 por mês. Tem 650 alunos em 23 turmas.
“Você não tem tempo de corrigir adequadamente os trabalhos, de dar um retorno para os alunos. Você acaba comprometendo todo o processo pedagógico”, contou.
A lei diz que um terço da jornada deve ser reservada para preparação das aulas e correção das provas, determinação que vem sendo contestada na Justiça só é realidade em seis estados, segundo um levantamento divulgado pela categoria.
Como temporária, Cristina recebe apenas pelo trabalho dentro da sala de aula. “Não tem horário para fazer planejamento não. Cada um faz no horário que der, final de semana, à noite, quando dá”, disse.
A falta de horizonte na carreira e as condições de trabalho são outros entraves. Em Alagoas, por falta do diário de classe, a frequencia dos alunos é anotada no caderno, tarefa que terá de ser refeita. No Piauí, onde a temperatura passa de 40°C, é difícil manter a concentração dos alunos com ventiladores quebrados.
São muitos os professores que tiram do próprio bolso para garantir o ensino. “Compro meus lápis, tudo de reserva. Você fala: ‘Não tenho’. ‘Então, está aqui’. ‘Não tenho no meu caderno’, ‘Então está aqui uma folha de papel, vamos escrever!’ Quando eu vejo uma criança lendo as primeiras palavras, eu derreto toda eu fico muito feliz!”, contou a professora do 1º ano Joana Teixeira.
A relação com o professor, que nos primeiros anos de escola é mais afetiva, muda com o passar do tempo. “Eu tenho alunos que falam: ‘Eu só venho porque minha mãe me obriga, eu não quero vir’. Um aluno que chega assim fica muito mais difícil de aprender”, destacou a professora Adriana Martins.
“Tem muito professor desestimulado que reflete em desestímulo ao aluno e tem o aluno que não tem a perspectiva de aprender dentro da escola e isso desestimula o professor”, afirmou um deles.
A fórmula para quebrar esse círculo vicioso combina investimento e cobrança de resultados. “Tem que deixar muito claro o que ele tem que fazer, qual é a meta que ele tem que atingir. Tem que ter um cenário mais claro para o professor”, disse a diretora do Todos pela Educação, Priscila Cruz.
Quem sabe assim, no futuro, mais brasileiros levem adiante o desejo de criança de ser professor.
Apesar de essenciais, professores brasileiros são desprestigiados
(...) Da pré-escola ao ensino superior, são hoje 2,3 milhões no país. É uma profissão essencial. E, mesmo assim, uma das mais desprestigiadas.
Na sala de aula, muitos querem fazer administração e quase metade, direito. Quem quer ser professor? Apenas um, dois.
“Eu não vejo futuro, eu acho que é uma carreira que não me satisfaria financeiramente também”, contou a aluna Luana Gallo, de 17 anos.
“Ser professor hoje no Brasil, infelizmente, não compensa”, disse Gustavo Lovatto, de 17 anos.
O desinteresse pela profissão é mais do que um sintoma de crise. É uma ameaça ao futuro. “É uma pena porque o professor é tudo em um país”, destacou um deles.
“Só existem as outras profissões porque existe o professor”, lembrou uma professora.
Nas faculdades de pedagogia e nas que formam professores da educação básica, os números confirmam o desprestígio.
Em quatro anos, caiu pela metade a quantidade de formandos. Houve redução também nos cursos de licenciatura, que formam professores de disciplinas específicas.
Quem é esse aluno que no futuro deseja trocar de posição na sala de aula? Uma pesquisa mostra que quase metade dos estudantes de pedagogia veio de famílias de baixa renda e a mãe só fez até a quarta série. E 80% estudaram em escolas públicas.
“Enquanto você não conseguir trazer o jovem motivado e bem qualificado para a carreira de professor, você não consegue fazer um salto na educação”, afirmou a diretora do Instituto Paulo Montenegro, Ana Lucia Lima.
Para que os alunos de fato aprendam, é fundamental que, além de dominar o conteúdo, o professor saiba como ensinar. Parece óbvio, mas em muitos casos, falta esse preparo. Em um mundo onde os alunos têm cada vez mais acesso à informação, é preciso inovar para tornar as aulas mais atraentes
Muitas vezes, ideias simples bastam para chamar a atenção. Investir em qualificação de quem já está no mercado tem sido uma preocupação em vários estados, uma oportunidade que nem todos conseguem aproveitar.
“Eu sei que o estado oferece, mas eu não tenho tempo. Eu ensino em duas escolas particulares e em uma escola da rede municipal e mais essa escola que é da rede estadual. De manhã, de tarde e à noite”, disse a professora de ciências e biologia Daniella Barbosa.
É a rotina de muitos professores para driblar os baixos salários. No Brasil, a lei fixa um salário inicial de R$ 1.187 para 40 horas de trabalho por semana. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a remuneração é bem menor. Na prática, em todo o país, muitos professores recebem menos do que o piso.
O Ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que há R$ 10 bilhões por ano para reestruturar a carreira dos professores. “O professor ganha no Brasil, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior. Uma das metas do Plano Nacional de Educação é superar essa distância”.
Plano que o Brasil traçou para alcançar em 2020. Formado na Universidade de São Paulo, uma das mais prestigiadas do país, o professor de filosofia Eduardo Amaral ganha R$ 1.100 por mês. Tem 650 alunos em 23 turmas.
“Você não tem tempo de corrigir adequadamente os trabalhos, de dar um retorno para os alunos. Você acaba comprometendo todo o processo pedagógico”, contou.
A lei diz que um terço da jornada deve ser reservada para preparação das aulas e correção das provas, determinação que vem sendo contestada na Justiça só é realidade em seis estados, segundo um levantamento divulgado pela categoria.
Como temporária, Cristina recebe apenas pelo trabalho dentro da sala de aula. “Não tem horário para fazer planejamento não. Cada um faz no horário que der, final de semana, à noite, quando dá”, disse.
A falta de horizonte na carreira e as condições de trabalho são outros entraves. Em Alagoas, por falta do diário de classe, a frequencia dos alunos é anotada no caderno, tarefa que terá de ser refeita. No Piauí, onde a temperatura passa de 40°C, é difícil manter a concentração dos alunos com ventiladores quebrados.
São muitos os professores que tiram do próprio bolso para garantir o ensino. “Compro meus lápis, tudo de reserva. Você fala: ‘Não tenho’. ‘Então, está aqui’. ‘Não tenho no meu caderno’, ‘Então está aqui uma folha de papel, vamos escrever!’ Quando eu vejo uma criança lendo as primeiras palavras, eu derreto toda eu fico muito feliz!”, contou a professora do 1º ano Joana Teixeira.
A relação com o professor, que nos primeiros anos de escola é mais afetiva, muda com o passar do tempo. “Eu tenho alunos que falam: ‘Eu só venho porque minha mãe me obriga, eu não quero vir’. Um aluno que chega assim fica muito mais difícil de aprender”, destacou a professora Adriana Martins.
“Tem muito professor desestimulado que reflete em desestímulo ao aluno e tem o aluno que não tem a perspectiva de aprender dentro da escola e isso desestimula o professor”, afirmou um deles.
A fórmula para quebrar esse círculo vicioso combina investimento e cobrança de resultados. “Tem que deixar muito claro o que ele tem que fazer, qual é a meta que ele tem que atingir. Tem que ter um cenário mais claro para o professor”, disse a diretora do Todos pela Educação, Priscila Cruz.
Quem sabe assim, no futuro, mais brasileiros levem adiante o desejo de criança de ser professor.
Sucesso no YouTube, professora sonha alto
Famosa após traçar perfil sombrio do ensino e longe das aulas
por conta de uma depressão, Amanda quer virar líder sindical

O que os mais de meio milhão de internautas que já acessaram o vídeo não sabem é que a professora de fala firme e articulada está afastada da sala de aula desde 2008 por conta de uma depressão. Solteira e sem filhos, hoje ela exerce cargos administrativos na biblioteca e na sala de informática das escolas de Natal em que deveria lecionar.
Ainda em tratamento, Amanda diz que pretende voltar à sala de aula "não porque é apaixonante, mas porque não é tão simples estar em cargos de adaptação".
Amanda tinha 17 anos quando decidiu ser professora. "Queria ser como a Claudina", diz, referindo-se à professora de espanhol que conheceu quando fazia cursinho preparatório para o vestibular. "Além do conteúdo, era muito alto astral e reunia todas as características que uma professora precisa: era simpática e atenciosa."
A jovem estudante, que ficou órfã aos 4 anos, cursou o ensino fundamental na rede pública e o ensino médio em escola particular. Fez cursinho porque queria uma vaga no curso de Letras em uma universidade pública. E conseguiu. Passou primeiro na Universidade Estadual de Feira de Santana, onde estudou durante um ano, e prestou vestibular de novo na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, onde concluiu o curso. "Me mudei para Natal para morar com minha irmã."
À época, Amanda estudava de manhã e trabalhava à tarde e à noite. No segundo ano de faculdade, conseguiu uma bolsa para lecionar num cursinho preparatório para alunos carentes. "Foi lá que ganhei experiência em sala de aula."
Aprovada em concurso nas redes municipal e estadual, passou a dar aulas nos ensinos fundamental e médio. O esgotamento físico e mental em classe fizeram Amanda adoecer. Segundo ela, há uma pressão dos governos em cima dos professores que estão afastados para saber se eles realmente estão com problemas de saúde. "E, agora que estou bem melhor, sinto que tenho de voltar."
Militância. Ainda na faculdade, Amanda se envolveu com o movimento estudantil e, desde então, passou a se mobilizar para defender os interesses da categoria. Participa das reuniões do sindicato e, em 2010, decidiu se filiar ao PSTU. "Nos conhecemos há 10 anos, ela sempre foi combativa", diz a amiga Vanessa Amélia Azevedo dos Santos. Apesar da repercussão, Amanda diz não ter pretensão política - sua meta é conquistar a presidência do sindicato dos professores do Rio Grande do Norte (vaga que ela já disputou duas vezes).
Amanda diz ter consciência de que sua fama é passageira e quer aproveitar o momento "para estar a serviço dos professores". "Sinto que é uma missão. Se eu conseguir mobilizar a categoria na internet e nas ruas para pressionar o governo, talvez eu tenha plantado uma semente que poderá, um dia, render frutos inéditos."
Servidores Municipais: Secretário desqualifica greve e diz que 7% foi valor máximo

O secretário de Governo da prefeitura, João Henrique Sousa, afirmou hoje (23) que o movimento grevista dos servidores municipais não está comprometendo os serviços. Segundo ele, apenas na área da Educação há grevistas.
"Se você for em qualquer secretaria vai perceber que não há prejuízos aos serviços. Somente na Educação é que rgistramos algumas paralizações. Das 304 escolas apenas 14 estão paradas e o secretário Ribamar Torres está fazendo o possível para atender às melhorias que os servidores querem", disse.
João Henrique afirmou que os servidores sabem do esforço de se conceder o maior valor possível de reajuste e que, desde a implantão do Plano Real, é impossível dar um reajuste de 47%, como quer o Sindicato dos Servidores Municipais.
O secretaário avalia que desde o ano passado o prefeito Elmano Férrer vem tentando repor perdas salariais, mas o índice possível é um valor que gira em torno da inflação. O mesmo argumento foi usado pelo governo do Estado, na semana passada, para conceder aumento de 7,1%.
sábado, 21 de maio de 2011
TRANSCRIÇÃO DO DEPOIMENTO DA PROFESSORA AMANDA GURGEL
domingo, 1 de maio de 2011
SENADO - CE pode votar aumento da carga horária escolar
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) se reúne na próxima terça-feira (3), a partir das 11h, para o debate de 10 projetos. O PLS 388/07 propõe aumentar a carga horária escolar mínima nos níveis fundamental e médio. O texto da justificativa diz que o conteúdo apresentado aos alunos "tem sido insuficiente para dar base segura de conhecimentos" que permitam resultados dignos nas avaliações. O aumento absoluto em 160 horas efetivas favoreceria um melhor desenvolvimento cognitivo. O projeto, do então senador Wilson Matos (PSDB-PR), tem o senador Cyro Miranda (PSDB-GO) como relator.
A comissão também vota em turno suplementar o texto substitutivo do relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), ao PLS 385/2007, que aumenta de 75% para 80% a a freqüência mínima exigida para aprovação na educação básica. O texto foi analisado na última terça-feira (26), mas agora passa por nova votação por ter sido aprovado na forma do substitutivo. Para Inácio Arruda, o texto original - que impunha uma freqüência mínima de 90% - estabelecia um total de horas letivas que poderia impor ao estudante trabalhador um "entrave intransponível à sua formação pessoal".
Outro projeto a ser debatido é o PLS 196/2010, do ex-senador Paulo Duque (PMDB-RJ), que prevê o ensino e o canto do Hino Nacional em estabelecimentos de ensino, inclusive os de curso superior. O texto da justificativa do projeto diz que "é importante que crianças e jovens saibam a letra do Hino Nacional, o que despertará neles o amor à Pátria". A proposta também é apresentada "como forma de se evitar que um dos nossos maiores símbolos seja desconhecido". O senador Pedro Taques (PDT-MT) é o relator do projeto.